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Coluna da Bruna: o que achei do filme “Vidro” (contém spoilers!)

4 minutos de leitura

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Quando criança, eu era viciada em filmes de terror/suspense. Quem lembra das tardes nas terças & quintas, às 15h15, e o programa de contos do Zé do Caixão? Eu me recordo muito bem! hahahaha 

Me divertia muito nas locadoras em busca dos lançamentos ou dos clássicos do Horror a que  ainda não tinha assistido. O primeiro filme de M.Night Shyamalana que assisti  foi o inesquecível O Sexto Sentido. Na virada dos anos 2000, o diretor ditou uma nova forma do “fazer suspense”, transitando entre o mundo da fantasia e o real. Também é bem comum os filmes terem situações inusitadas e perspectivas excêntricas sobre o mundo sobrenatural. É tipo: “como seria se isso realmente acontecesse?”. Fiquei bem vidrada nas obras seguintes do indiano, em Sinais, A Vila e, recentemente, assisti de novo a O Corpo Fechado − o primeiro da trilogia em que, de fato, há a apresentação do Herói (pra quem ama fotografia, recomendo fortemente rever esse filme com essa atenção!) −, pra, finalmente, assistir ao esperado Vidro.

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Quem viu Fragmentado, se surpreendeu no final com a aparição de Bruce Willis e a revelação de que o filme era, na verdade, uma sequência do Corpo Fechado. Nessa obra, o Vilão é introduzido, e é possível deparar com uma nova visão sobre o mundo dos super-heróis. Um entedimento mais próximo, mais real do que seria uma pessoa com superpoderes no mundo atual. Mas que também mexe com o imaginário, já que atravessa os universos da psicologia, do subconsciente, do irreal. A impressão que tenho ao assistir aos filmes dele é uma busca incessante pela humanidade de seus personagens. Me peguei torcendo pela melhora do personagem de Kevin até o final do filme. Depois de algumas produções realizadas e mal compreendidas, o diretor retorna com firmeza em Fragmentado que, dentro da trilogia, se encaixaria na minha cabeça como um “episódio do meio”. E elevou as minhas expectativas pro que estava por vir.

Assisti a Vidro nesta semana e curti bastante. Na trama, agora existem: Herói, Vilão/AntiHerói e Vilão da pesada. Pra um filme no gênero dos super-heróis, achei bem diferentão. Sem muita pirotecnia, sem aqueles efeitos especiais que a gente é acostumado a ver em filmes desse tipo, e com uma pegada da pessoa comum que se torna capaz do extraordinário. Também abre um diálogo da fé. Fé em si, no outro, em algo invisível.

O filme é amarradinho, não deixa pontas soltas e, mesmo assim, te deixa com vontade de continuar com o desenrolar da história. Por quê? A força de cada personagem nos prende! Gostei de ver o lado mais humano, da dúvida, da descrença inserida no conjunto do herói. Mas confesso que gostaria de ter visto um pouco mais do personagem de Elijah (Sr.Vidro) no roteiro. Foi massa ver a evolução na atuação de James McAvoy nesse terceiro filme!

 As mudanças de personalidade se tornaram ainda mais reais, e ele realmente destrói em cena. Preciso falar sobre a presença de Sarah Paulson, que é mestra em incorporar o personagem insolente, que engana o espectador e traz um contraponto na história. Ela tá presente assim em American Horror Story e foi bem legal vê-la em outro contexto. A personagem de Dra. Staple é a personificação da recusa e arrisco dizer, uma ótima adição ao elenco.

No finalzinho, quando a Ciência x Realidade tentam desconstruir os personagens, eles apenas se tornam mais reais e palpáveis. O poder dessa obra é do trio de protagonistas. Poderia me estender aqui falando sobre a fotografia e os planos singulares e cartunescos, mas queria saber de vocês: o que acharam do filme? O que pensam sobre o diretor? Deixa teu comentário que vou adorar ler! :)

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